Promotor
Teatro Municipal Joaquim Benite
Breve Introdução
Setembro de 1976. Depois de meio século ininterrupto de governação, o Partido Social Democrata Sueco, embora vencedor das eleições, consegue menos deputados do que o bloco do centro-direita (liberais, conservadores e agrários), que fica assim na iminência de chegar ao poder. Egerman, um intelectual sexagenário e amargo, não esconde o seu contentamento com o fim do consulado social-democrata, que vê como uma versão suave dos despóticos paraísos do marxismo-leninismo, ao qual aderira na juventude. Partidário do fim das ilusões, porque já não tem nenhuma, pretensamente viúvo (na verdade, divorciado), afastado da universidade onde dava aulas, Egerman decidiu “retirar-se do mundo” e vive numa bela e melancólica ilha do Arquipélago de Estocolmo. As eleições coincidem com o casamento de Monika, filha de Egerman, que decorre na ilha.
“Na Suécia dizem que não é preciso distanciamento social, porque isso já é ser sueco”. É público e notório o fascínio do escritor Pedro Mexia por este país escandinavo. Suécia – obra que marca a sua estreia como dramaturgo – joga com a suspeita de que todos temos ‘uma certa ideia’ da Suécia. Uma mitologia controversa, digamos: o país ‘metafísico-angustiado’ dos filmes de Bergman, o paraíso (perdido?) da social-democracia, mas também a pátria do infernal Strindberg ou dos açucarados ABBA. Suécia é um lugar onde se discute sobre a ideia de futuro, o fim das ilusões, as boas intenções. Um lugar onde as linhas de demarcação do político e do íntimo se tornam indistintas.
Ficha Artística
Texto de Pedro Mexia | Encenação de Nuno Cardoso
Interpretação
António Fonseca
Joana Carvalho
Jorge Mota
Lisa Reis
Patrícia Queirós
Paulo Freixinho
Pedro Frias
Cenografia: F. Ribeiro
Música: Pedro “Peixe” Cardoso
Apoio ao movimento: Roldy Harrys
Desenho de luz: Cárin Geada
Figurinos: Nélson Vieira
Assistência de encenação: Mafalda Lencastre
Apoio dramatúrgico: Madalena Alfaia
Língua
Português
Duração
1h30m
Classificação
M/12