Promotor
Teatro Municipal Joaquim Benite
Breve Introdução
Três performers, acompanhados por um pianista, convidam-nos a dar a volta ao mundo mágico e extravagante dos clowns. Há vários aspectos desta arte que se cruzam em palco: o mimo da cara branca, a sombra negra da commedia dell’arte, e um verdadeiro homem- borracha — interpretado pelo português Romeu Runa —, que é quem mais nos remete para as fronteiras e os limites performativos dos corpos, nesta peça sempre superados. Runa dobra-se e encaixa-se num cubo de acrílico, donde sairá, triunfante e desembestado, ao fim de quinze minutos. Zimmermann inventou um museu onde estes três intérpretes evoluem, e repetidas vezes se opõem: os artistas não suportam que lhes coartem a liberdade. Tudo assente numa sofisticada acrobacia, rigorosamente coreografada. Explica o coreógrafo: “Há já muito tempo que procuro compreender a figura e o papel do clown no teatro contemporâneo. Um clown não é um actor, não tem género: apresenta-se em palco por inteiro, revelando o seu interior e o seu exterior. A sua figura gira sempre em torno da
questão da existência”.
Martin Zimmermann é um encenador, coreógrafo, cenógrafo e actor suíço, que se apresenta há mais de vinte anos nos principais palcos do Mundo. As suas criações, sempre sem palavras, são visual e fisicamente impactantes, conseguindo, à medida que os corpos e os objectos interagem e se entrelaçam, diluir virtuosamente os limites entre realidade e ficção.
Ficha Artística
Autoria, encenação, coreografia e figurinos de Martin Zimmermann
Intérpretes
Tarek Halaby
Dimitri Jourde
Romeu Runa
Colin Vallon
Criação musical: Colin Vallon
Dramaturgia: Sabine Geistlich
Cenografia: Martin Zimmermann e Simeon Meier
Som: Andy Neresheimer
Luz: Jérôme Bueche
Duração
1h30m
Classificação
M/12